sábado, 15 de dezembro de 2012

Por que Professoras e não “tias”?


A escola caminha pelos olhares abertos da pedagogia, pelos avanços científicos. A “tia” da escola infantil, forma de se dirigir à professora, teve seus dias contados, abolida pela linha socioconstrutivista.
Os pedagogos afirmam que o resgate do termo professora não é uma simples questão semântica. As escolas, que adotaram métodos das modernas práticas pedagógicas, ponderaram que a professora representa um novo modelo na vida da criança – ela não é, realmente, uma extensão familiar – e como tal deve ser preservada.
Paulo Freire, em seu livro “Professora sim, tia não”, escreve: “Ser professora implica assumir uma profissão, enquanto ser tia é viver uma relação de parentesco. Chamar a professora de tia é no fundo uma ideologia que trabalha contra o rigor da profissionalização da educadora, como se para ser boa professora fosse necessário ser pura afetividade”
O professor é uma imagem importante para o aluno; ele não substitui afetos familiares. O componente afetivo deve existir, mas nunca como ideologia. A criança precisa de alguém que a oriente com firmeza, que lhe transmita os valores de vida, e o professor é o mentor desse processo de criação.
O costume de chamar a professora de “tia” vem da década de 60. As mulheres, ao buscar afirmação profissional, recorriam às escolas para cuidar de seus filhos e, de certa forma, segundo relato de mães, entregar os filhos à tia e não à professora lhes aliviava a culpa. Contudo, esse tratamento dissimula a relação de autoridade. A criança precisa diferenciar universos e perceber que cada espaço tem seus próprios valores, concluíram os pedagogos. Assim, as então chamadas escolas
Alternativas, hoje socioconstrutivistas, começaram a rever o tratamento nos anos 70.
A relação de aprendizado é uma nova aquisição na vida da criança. A professora é portadora de um conhecimento, abre as portas de um novo mundo, não estando, portanto, em situação de igualdade com as crianças. O psiquiatra infantil Haim Grunspun completa a análise: “Como “tia” a profissional acaba não considerando o seu próprio processo, do qual é proprietária. Existe uma ideologia de desprofissionalização do educador. A afirmação profissional emerge da conquista dos direitos do exercício pleno da função. O aluno aprende a respeitar a partir do próprio respeito. Pergunta: “Como as crianças podem entender 10 mil “tias” em greve?”
As crianças acabam percebendo por si que professora é a pessoa que educa, ensina brincadeiras, criar, inventar; tia é a irmã da mãe ou do pai. Hoje, se a dúvida persiste, ela está entre aqueles que escolhem a escola de acordo com suas convicções. Voltando a Paulo Freire, ele disse (1993): “Uma das características básicas do construtivismo é não estar demasiado certo da certeza. Se você absolutiza não tem oportunidade de crescer. Tenho 72 anos e estou aberto. Tenho este gesto da incerteza do certo”.
Porém, no caso da denominação professora ou “tia”, fica evidente que a primeira é um procedimento bem mais saudável e real.
No processo de ensino-aprendizagem, o importante é a escolha, por parte dos pais, de uma instituição idônea, capaz de oferecer aos seus alunos o que de melhor a época exige. Como escolher uma boa escola infantil?
A escolha deve partir primeiramente de sua situação legal, isto é, deve ser regularizada, com autorização do município para funcionar. A Escola tem de estar dentro da lei. Ela deve aproveitar o potencial enorme que a criança tem em aprender, estimula-la corretamente e oferecer-lhe espaços para que possa brincar. Há muitas especificidades na educação de crianças de 0 a 6 anos e professores não capacitados e ausência de um projeto pedagógico podem impedir esse processo. As crianças precisam brincar e se movimentar, os espaços não podem ser pequenos e pouco arejados. O imóvel precisa ser adequado para receber crianças: mesas com cantos arredondados, não deve ter escadas e tomadas de luz aparentes.
Só depois da Constituição de 1988 a educação passou a ser direito das crianças com menos de 7 anos. Até então, a criança brasileira não tinha direito à educação. A Constituição de 1988 reconheceu a Educação infantil como direito da criança e dever do Estado. Assim, deixou de ser vinculada à assistência social. A exigência do registro no município por parte do estabelecimento de ensino infantil veio apenas em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Esta lei definiu o município como responsável pelo ensino infantil e exigiu formação mínima de nível médio para os professores. Porém, até 2007 este professor deve possuir licenciatura de nível superior. O Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2001, dá prazo até 2006 para que os estabelecimentos de ensino infantil cumpram padrões de infra-estrutura para funcionamento.
Todos esses aspectos legais, estruturais, para o bom funcionamento de uma escola, são importantes, mas a tudo sobreleva a atuação do professor. Um bom método de trabalho, consciência profissional, competência e afetividade são ingredientes indispensáveis à educação. O professor que trabalhar mais como um facilitador da aprendizagem será insubstituível e inesquecível como é, para qualquer um de nós, a figura da primeira professora. 

FONTE: http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/artigo_porque_professoras.html

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pedagogo Multimeios atuando na Gestão Social e Orientação em projetos sociais

O Profissional Pedagogo com habilitação em Multimeios e Informática Educativa, promovendo uma inclusão social e digital, na gestão e orientação de projetos sociais.



Resumo:
Este artigo tem o objetivo de mostrar a contribuição da educação não – formal na contribuindo para uma inclusão social e digital dos sujeitos em estado de vulnerabilidade social, através de projetos sociais com a contribuição das empresas privadas. Mas a grande proposta do artigo é questionar quem é o profissional mais capacitado para gerenciar estes projetos social-educacional?

Educação Não – Formal: Contribuindo para o desenvolvimento do sujeito e inserção no mercado de trabalho.
Educação não–formal é considerada uma educação fora dos padrões hierárquicos da escola tradicional, ou seja, “formal”. Conceitua-se por trabalhar especificamente com diversos temas abordados, tais como: valores individuais, relacionamentos em sociedade, postura e formação qualificada especifica para o mercado de trabalho, entre outros; Sua duração é relativa, outra característica que a distingue da educação formal, que é estabelecida pela LDB, distingue em educação básica e superior; Pode ser desenvolvida em diversos espaços, sejam elas na Escola, ONGS ou Fundações.
Segundo a conceituação do site do INEP retirada da UNESCO (2007)
EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL: Atividades ou programas organizados fora do sistema regular de ensino, com objetivos educacionais bem definidos; Qualquer atividade educacional organizada e estruturada que não corresponda exatamente à definição de “educação formal”; Dependendo dos contextos nacionais, pode compreender programas educacionais que ofereçam alfabetização de adultos, educação básica para crianças fora da escola, competências para a vida “life – skills”, competências para o trabalho e cultura em geral. “Os programas de educação não-formal não precisam necessariamente seguir o sistema de “escada”", podem ter duração variável, e podem, ou não, conceder certificados da aprendizagem obtida. (cf. CINE 1997, UNESCO).
A educação não – formal vem preencher uma lacuna, deixada pela educação tradicional, que não consegue formar sujeitos para a convivência em sociedade e aprendizagem de forma categorizada e setorial, diferente da educação não – formal, que visa realizar a aprendizagem de forma interdisciplinar e inserção no mercado de trabalho. Ela busca desenvolver habilidades e potencialidades, desses indivíduos em situação de vulnerabilidade social, trabalhando com a autoestima, socialização, criatividade, ética, empreendedorismo, liderança, entre outros.
“Cobra”-se um perfil de trabalhadores criativo, que saiba compreender, processos e incorporar novas idéias, tenha velocidade mental, saiba trabalhar em equipe tome decisões, incorpora e assuma responsabilidades, tenha auto-estima, sociabilizada e atue como cidadão. (GONH, 1999, p. 95)
Ainda a autora Gohn, destaca alguns passos básicos para que a educação não – formal ocorra corretamente. Afirma que a mesma, necessita de quatro processos com cincos campos ou dimensões: A primeira envolve aprendizagem, política dos direitos dos indivíduos, o processo que desenvolve a conscientização e compreensão de seus interesses sociais; o segundo seria capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio de aprendizagem de habilidades/ ou potencialidades; o terceiro seria a aprendizagem, exercícios/práticas que capacitem os indivíduos a se organizarem comunitariamente, para resolver problemas coletivos; o quarto a aprendizagem por conteúdos da escolarização formal, escolar, em seus diversos espaços educacionais; O quinto é a educação desenvolvida na e pela mídia, principalmente a eletrônica, ou seja, a inclusão digital.
Para que a educação não – formal, seja implementada, ela necessita de um local, para ser desenvolvida, esses locais podem ser: ONGS, Fundações também chamados de Terceiro Setor e os Projetos Sociais desenvolvidos e situados por empresas privadas ou públicas, chamadas de Responsabilidade Social. O Terceiro Setor vem viabilizando as formações dos sujeitos que não tem condições de ser aceitos na sociedade e no mercado de trabalho.
Segundo Salamon (i2002, p.10), o terceiro setor é assim chamado para caracterizar organizações que não pertencem nem ao Primeiro Setor – o Governo, nem ao segundo Setor – o setor privado. Já Rubem César Fernandes, conceitua o Terceiro Setor como privado, porém público, ou seja, é mantida pelo privado, mas atende ás necessidades da comunidade.
O papel das empresas com a Responsabilidade Social na execução dos Projetos Sociais
Em meados da década de 80, as empresas privadas passaram a preocupar-se não apenas com seus “ganhos” próprios, mas também, com as comunidades do seu entorno; Iniciou na Europa e posteriormente passou a ser adotada em todas as empresas privadas. Com o foco de auxiliar a comunidade com diversos objetivos, tais como: erradicar a fome, extinguir com a violência, contribuir com a educação da sociedade, ampliar e qualificar a mão – de – obra, e também ganhar incentivos fiscais do governo, como uma forma de retribuir os benefícios que a mesma possa ter obtido.
A Responsabilidade Social foi incorporada pelas empresas privadas brasileiras, para contribuir com o desenvolvimento da sociedade; Uma das principais contribuições é na área da educação básica, especifica/qualificada e cultural;Segundo a Autora Silveira (2003):
Responsabilidade social corporativa é o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comprometimento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de seus familiares, da comunidade local e da sociedade como um todo”. Essa concepção assume a responsabilidade social como expressão de uma postura ética comprometida com o resgate da cidadania, assumindo uma posição de co-responsabilidade, na busca do bem-estar público, em articulação com as políticas sociais (instituto, fundações, organizações, universidades, comunidade etc.).
Ainda a autora Silveira enfatiza que incorporar a Responsabilidade Social, não é um processo fácil, pois “requer mudanças culturais, em que empresas e parceiros busquem um processo conjunto, sem prejuízo de uns e com resultados de outros”.
As empresas vêm investindo e financiando projetos sociais – educacionais para qualificação dos jovens e adultos, o que vem crescendo a exigência das mesmas, na qualidade dessas formações e treinamentos, para o desenvolvimento e aprimoramento dessas habilidades diversas, mas focando prioritariamente no desenvolvimento pessoal, na auto–estima, no relacionamento interpessoal e intra-pessoal, ética profissional e criatividade. Trabalhar esses conceitos nesses sujeitos é estar desenvolvendo uma inclusão social, ou seja, proporcionando que eles possam ser integrados na sociedade, como sujeitos; Mas para ser inserido como tudo, é fundamental que eles recebam formações das mídias digitais, em especial a informática. Os projetos visam integrar inclusão social e digital.
Para ser desenvolvido essas competências são necessárias ser planejado e elaborado um projeto, com objetivos específicos, formas de sustentabilidade, local a ser executada, público a ser atingido. Esses planejamentos são chamados de projetos sociais. Segundo Santos (2001. p.177) Um projeto é uma ação planejada, estruturada em objetivos, resultados e atividades (é desenvolvida num determinado local, público – alvo delimitado) baseados em quantidades limitadas de recursos (humanos, materiais e financeiros) e de tempo.
Os projetos sociais têm como principal meta, auxiliar as comunidades em situação de vulnerabilidade social, com capacitação, educação para a cidadania cultura, entre outros. Em sua grande maioria, tem como mantenedores empresas privadas, nos seus programas de responsabilidade sociais. Ainda, o autor Santos afirma que:
Deve-se enfatizar que os projetos sociais e culturais têm como principio orientador a procura da eqüidade, o que implica satisfação das necessidades básicas da população, priorizando-as segundo seus graus de urgência para a seleção dos beneficiários dos projetos sociais e o estabelecimento de prioridades nos objetivos a serem atingidos.
O grande equívoco que está ocorrendo, é que o terceiro setor não está trabalhando com profissionais capacitados para atuar na gestão desses projetos educacionais. Para coordenar esses projetos, é necessário ter um profissional da educação, que tenha um olhar amplo, que saiba trabalhar de forma interdisciplinar, com diversas áreas como educação, comunicação, tecnologias e gestão.
Segundo Gonh (1999.p.78):
O outro resultado das mudanças das conjunturas sobre as Ongs, foi à necessidade de qualificação de seus quadros. A palavra de ordem passou a ser eficiência e produtividade na gestão de projetos sociais. Ter pessoal qualificado com competência para elaborar projetos com gabarito, passou a ser diretriz central e não mais a militância ou engajamento anterior á causa em ação.
A Pedagogia contribuindo na Gestão e Orientação dos Projetos Sociais
Para gerenciar projetos sociais é necessário ser um gestor social, possuir noções de administração, contabilidade, psicologia e principalmente educacional e social; é fundamental que todos os projetos a serem planejados foquem na educação, cultura e lazer, pois a comunidade em estado de vulnerabilidade social, possui carência em cultura, portanto não basta apenas possibilitar, mas também propiciar momentos de lazer, paralelo com as formações, capacitações e treinamento, para que esses sujeitos tenham oportunidade de inserir-se no mercado de trabalho tratando-se de jovens e adultos e nas crianças e idosos adquiram diversos conhecimentos culturais e momentos de lazer.
Segundo Carvalho ( 2001. p 17):
A gestão social tem, com a sociedade e com os cidadãos, o compromisso de assegurar, por meio das políticas e programas públicos, o acesso efetivo aos bens, serviços e riquezas da sociedade. Por isso mesmo, precisa ser estratégica e conseqüente.
Um projeto social para ser implementando requer uma boa gestão, contanto com uma equipe com distribuições de suas funções bem especificas, que possa gerar indicadores claros e objetivos, para os financiadores e parceiros do projeto, e o público que será beneficiado.
Ainda Carvalho (i2001), afirma que é necessário ter ação gerencial, tomada de decisões e harmonia organizacional, liderança, é saber conduzir, inspirar e orientar os membros da equipe e ter motivação, um gestor precisa transmitir para sua equipe motivação, mostrar que é preciso trabalhar com prazer, principalmente nessa área social – educacional. O autor menciona ainda para a motivação a teoria de Maslow com sua hierarquia Auto–Realização, reconhecimento, estima segurança e sobrevivência, toda a moderna concepção de tratar pessoas não como um elemento de custo a ser controlado e sim como um potencial a ser desenvolvido”.
Atuação de pedagogos em diversos espaços educacionais tem propiciado um novo paradigma, pois anteriormente sua formação era focada para alfabetização, e com as demandas da sociedade, visto que apenas a escola não esta conseguindo desenvolver habilidades interpessoais, criativas e quem o insiram no mercado de trabalho, o Pedagogo percebe sua importância em outros espaços há não ser o da escola formal e acaba por ingressar em vários espaços como coordenação de escolas, Recurso Humanos de empresas, treinamentos em empresas, e na orientação de projetos sociais;
Segundo a autora Ceroni, (2006 p. 5):
O Educador percebe que mudança pedagógica é não só promover a auto-aprendizagem de seu aluno fora da sala de aula, mas também ele próprio vivenciar novas experiências e caminhar para novas descobertas de suas habilidades e competências fora da abrangência escolar. Passou a buscar então, novos matizes pedagógicos, ampliando a dimensão pessoal e social de conceito de educador.
A participação de pedagogos vem mostrando uma real contribuição, em razão de sua formação trabalhar de forma interdisciplinar, e visar o trabalho em grupo, auxilia na gestão educacional, por ter uma visão ampla, mas focando prioritariamente, na formação do individuo.
As orientações pedagógicas em projetos sociais realizadas pelos pedagogos têm mostrado as estruturas dos mesmos, pois os pedagogos focam não apenas na capacitação do público a ser atendido, como na formação de sua equipe, tendo uma preocupação, mesmo aquele funcionário, tendo o cuidado de ensinar todos os lados educacional, social e administrativo do projeto como um todo, é preciso que todos estejam em harmonia para melhor, compreender a importância de suas atuações.
Segundo a autora Cutry (2001. p. 30):
A capacitação é hoje uma das preocupações centrais do pensamento
organizacional. Tornar capaz – as organizações e as pessoas que lhes dão corpo e espírito – diante dos objetivos que se quer ou se precisa alcançar pode fazer toda a diferença entre o brilho e a mediocridade, entre o cumprimento conseqüente da missão institucional ou a mera sobrevivência.
Os benefícios da capacitação são até mesmo quantificáveis, quando pensamos que pessoas mais capazes decidem melhor e, portanto, otimizam a alocação de recursos de toda ordem.
A gestão de projetos sociais sendo realizada por um pedagogo, vem a contribuir com um dos principais requisitos para um gestor social desenvolver: um planejamento claro, objetivo, que descreva as necessidades do público a ser atendido; A partir do projeto efetuado, é necessário apresentar com segurança o projeto a ser implementado, buscando parcerias, e/ou, desenvolvendo soluções imediatas para empresas privadas, auxiliando na responsabilidade social. Portanto, é essencial saber criar um planejamento, para tornar-se um projeto bem elaborado e possuir as qualidades descritas pela autora Jobim (2002.p.2): afirmando que é necessário conter no desenvolvimento/planejamento, na elaboração e gestão de projetos sociais três conceitos: “Eficácia, para produzir o efeito esperado, obter resultados, fazer o que deve ser feito; Eficiência, capacidade de produzir um efeito, obter bons desempenhos e efetividade, ser real, estável, ou seja, atender às expectativas. “.
Segundo a autora Ávila (2001.p.41):
Ter em conta a existência dessa interdependência entre planejamento, implementação avaliação é, portanto, não só desejável, mas absolutamente necessário à eficiência, eficácia e efetividade no desenvolvimento e nos resultados de qualquer projeto social.
O perfil do profissional Pedagogo com habilitação em Multimeios e Informática Educativa, promovendo uma inclusão social e digital, na gestão de projetos sociais.
O profissional pedagogo multimeios e informática educativa é um pedagogo diferenciado, pois possui habilidades e competências voltadas para as mídias digitais como a impressa, comunicacionais e informatizadas, todos voltado para a educação. Suas competências visam trabalhar de forma interdisciplinar com os professores da educação regular na coordenação de laboratórios de informática e criação de planejamento para o uso do mesmo, treinamento e formações nas empresas com auxilio de implantação de novos softwares e desenvolver softwares educacionais, ministrar e coordenar projetos de inclusão digital. Todas as competências visam o gerenciamento do trabalho em grupo, tornando o profissional multimeios apto a gerenciar projetos sociais – educacionais.
Segundo afirma autora Cury (2001. p. 53).
Uma das exigências dessa nova proposta de transformação social trazidas às organizações é o rompimento com a “cultura do isolamento” e o desenvolvimento de uma nova mentalidade, de novas capacidades, habilidades e estratégias para uma atuação conjunta, compartilhada. Não é mais possível trabalharmos sozinhos; é preciso nos articular, potencializar nossas ações através das parcerias e das redes.
As competências do profissional pedagogo multimeios, interligam com um gestor social, tanto nas diversas áreas de conhecimento como educação, comunicação e informática, quanto na social e na administração, facilitando na comunicação social, quanto às empresas privadas. Ainda a mesma autora Curty (in Alves. 2001.p 32), afirma que “do meio externo se originam condições – econômicas, culturais, tecnológicas, demográficas, políticas, sociais, entre outras – que podem se consubstanciar em oportunidades a serem capitalizadas ou em riscos a serem afastados ou minimizados”.
Segundo Almeida (2007), elaborar um projeto social significa reconhecer a necessidade de intervenção diante de um problema, analisar esta necessidade, estabelecer alternativas, tomar decisões frente ás alternativas. Essa afirmação compõe as habilidades do profissional pedagogo multimeios, no sentido que ele é um “solucionador de problemas”, no contexto que ele é sempre solicitado, a achar soluções para diversas realidades seja ela voltada para a coordenação, elaboração de projetos com o uso das mídias digitais em geral ou sem uso das mesmas, porem de forma criativa e comunicativa.
O planejamento na atuação do pedagogo multimeios é uma de suas principais atribuições, pois é de suma importância nessa área, criando estratégias criativas e inovadoras, com objetivos amplos, específicos de forma clara e coletiva. Todos os planejamentos e projetos visam à necessidade de trabalhar coletivamente de forma integrada, onde todos possam colaborar e interagir, para chegar a um consenso lógico, com ética e articulação para estar resolvendo os problemas sociais – educacionais.
Segundo a autora Curty (2001.p.34) existe três etapas para elaboração de projetos sociais processo lógico, comunicativo, cooperação e articulação. É fundamental hoje “sair para o mundo” na busca de novas parcerias e na integração com as redes sociais existentes. É preciso lembrar, ainda, que essas três dimensões são perpassadas por uma outra, a dimensãopedagógica: descrever, analisar e sintetizar fatos e informações; saber comunicar-se, persuadir, convencer; compreender e operar nosso entorno social; reconhecer e aceitar diferenças; saber trabalhar em grupo de maneira participativa, tudo isso faz parte de um importante aprendizado social.
Um pedagogo multimeios na gestão social contribuiu tanto na capacitação técnica, para inserção no mercado de trabalho, quanto na formação individual, incluindo socialmente e digitalmente, os sujeitos que serão atendimentos, pelos projetos sociais.
A autora Carvalho (2001) afirma que: “uma pedagogia emancipatória põe acento nas fortalezas dos cidadãos usuários dos programas e não mais, tão-somente, em suas vulnerabilidades. Potencializa talentos, desenvolve a autonomia e fortalece vínculos relacionais capazes de assegurar inclusão social.
Considerações Finais
Este artigo teve a intencionalidade de mostrar que a elaboração de um projeto social é fundamental para a inclusão social e a gestão de instituições não-formais. E, o objetivo destas instituições é estar auxiliando os sujeitos em estado de vulnerabilidade social, como um meio de estar sendo incluídos na sociedade, através da educação não-formal, ou seja, educação social, auxiliando no desenvolvimento pessoal desses sujeitos como autonomia, auto-estima, auxiliar nas relações sociais e individuais, através da inserção da cultura e capacitações para o mundo do trabalho. Foi focado a importância que as empresas privadas possuem para a implementação desses projetos, através da responsabilidade social, financiando e sendo parceira dos mesmos.
Enfatizou-se também neste artigo, a gestão desses projetos sociais, como sendo de suma importância para que os mesmos possam realmente cumprir seu objetivo, que é auxiliar as comunidades para inserção dos indivíduos no mercado de trabalho e na sociedade como um todo. Mostrou-se a importância desse gestor ser um pedagogo, por sua atuação em equipes, de forma a ter uma visão interdisciplinar e que possa capacitar sua equipe de trabalho, conscientizando-os da importância social – educacional.
Mas o foco principal do artigo, fora mostrar que um dos profissionais mais aptos para atuar na gestão de projetos sociais, é o Pedagogo Multimeios e Informática Educativa, pois tem uma ampla atuação nas três áreas: educação, comunicação e tecnologia, com habilidades de gestão e orientação, treinamentos/capacitação e formação de professores. Ainda, é este profissional quem tem uma visão aberta para implementação de projetos de inclusão digital e social, pois não atua apenas com tecnologia, mas sim,na solução de problemas, de forma criativa e objetiva, com grande habilidade no desenvolvimento e criação de planejamento, visando um projeto educacional, tanto para educação regular, quanto para educação não – formal.
O Pedagogo Multimeios, atuando na gestão de projetos sociais, vai possibilitar uma inclusão digital e social, para os sujeitos que atuaram nos projetos. Com sua competência de gerenciamento e coordenação, e com habilidade de estar pesquisando e descobrindo novos recursos digitais, estando sempre atualizado para o mundo globalizado.
Referências
Maria do Carmo Aguiar da Cunha Silveira- O Que é Responsabilidade Social Empresarial? <http://www.sfiec.org.br/artigos/social/responsabilidade_social_empresarial.htm >26/02/2003. Acessado (11/10/2007)
Ceroni, Mary Rosane – O perfil do pedagogo para atuação em espaços não – escolares <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid= MSC0000000092006000100040&script=sci_arttext&tlng=pt> 2006. Acessado em 03/10/2007




FONTE: www.pedagogiaaopedaletra.com

quarta-feira, 25 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

RUBEM ALVES - “Gostaria que pensassem em mim como alguém que é apaixonado pela vida”


Para Rubem Alves, os títulos de escritor, educador, psicanalista, professor e teólogo, conquistados ao longo de sua vida profissional, são apenas acessórios. “Gostaria que pensassem em mim como alguém que é apaixonado pela vida”, diz. Aos 75 anos, esse mineiro de Boa Esperança (MG), que vive em Campinas (SP), recorda com alegria as lembranças da terra natal, onde passou toda a infância:“São memórias de uma fazenda velha, casinha lá fora, sem luz elétrica, lamparina a querosene, monjolo batendo milho e pobreza. Mas eu era feliz, porque não sabia que era pobre. A infelicidade se encontra na comparação.”

Rubem é professor-emérito da Unicamp, ex-colaborador dos jornais “Correio Popular”, “Folha de São Paulo” e autor de uma extensa obra literária, na qual se destacam: “O retorno e Terno”, “O Quarto do Mistério”, “Sobre o Tempo e a Eternidade”, “A Festa de Maria”, “Cenas da Vida” e “Concerto para Corpo e Alma.

Não há como discordar do autor, quando ele diz que seus títulos são apenas acessórios. Na trilha dos caminhos possíveis que traça para uma educação mais amorosa, tema central de seu trabalho, há muito mais que uma mistura de especialistas neste ou naquele assunto. Há, sim, um ser humano lúcido e intenso, que ainda acredita e aposta na beleza da vida. A Revista ECOLÓGICO selecionou um pouco da prosa poética de Rubem Alves. Desfrute!

Alegria

“Sim, eu quero viver muitos anos mais. Mas não a qualquer preço. Quero viver enquanto estiver acesa, em mim, a capacidade de me comover diante da beleza. A comoção diante da beleza tem o nome de ‘alegria’, mesmo quando as lágrimas escorrem pela face. A alegria e a tristeza são boas amigas. (...) Essa capacidade de sentir alegria é a essência da vida. (...) Na alegria, a natureza atinge seu ponto mais alto: ela se torna divina. Quem tem alegria tem Deus. Nada existe, no universo, que seja maior que esse dom.”

Vida

“Alguns há que pensam que a vida é coisa biológica, o pulsar do coração, uma onda cerebral elétrica. Não sabem que, depois que a alegria se foi, o corpo é só um ataúde. E aí os teólogos e médicos, invocando a autoridade da natureza, dizem que a vida física deve ser preservada a todo custo... mas a vida humana não é coisa da natureza. Ela só existe enquanto houver a capacidade para sentir a beleza e a alegria.”

Deus

“Deus deu aos homens a terra firme, as lagoas e os mares mansos. Mas o mar absoluto, esse ele deu ao perigo e ao abismo. Então, o jeito é só navegar no marzinho sem perigo e sem abismo! Pode ser. Mas aí o olho da gente fica feito olho de boi, parado, nada vê, e quando vê fica assustado. Deus é perigo, é abismo. Mora no grande mar. Por isso é que só nele que se espelha o céu. Quem viu o céu espelhado no abismo e no perigo esse terá, para sempre no olhar, o brilho da eternidade.”

Sentimentos

“Promessas são as palavras que engaiolam o futuro. Por isso elas se fazem acompanhar sempre de testemunhas. Se o pássaro engaiolado, em algum momento do futuro, mudar de sentimento e de ideia e resolver voar, as testemunhas estão lá para reafirmar as promessas feitas no passado. O dito e contratado não pode ser mudado.”

“Muitas são as promessas que os noivos podem fazer: prometo dividir os meus bens, prometo não maltratá-la, prometo não humilhá-lo, prometo protegê-la, prometo cuidar de você na doença. Atos exteriores podem ser prometidos. Assim se fazem os casamentos, com pedra, ferro, cimento e amor. Mas as coisas do amor não podem ser prometidas. Não posso prometer que, pelo resto da minha vida, sorrirei de alegria ao ouvir seu nome. Não posso prometer que, pelo resto de minha vida, sentirei saudades na sua ausência. Sentimentos não podem ser prometidos.”

Cozinha

“Nas casas de Minas, a cozinha ficava no fim da casa. Ficava no fim não por ser menos importante, mas para ser protegida da presença de intrusos. Cozinha era intimidade. E também para ficar mais próxima do outro lugar de sonhos, a horta-jardim. Pois os jardins ficavam atrás. Lá estavam os manacás, o jasmim-do-imperador, as jabuticabeiras, laranjeiras e hortaliças. Era fácil sair da cozinha para colher chuchus, quiabos, abobrinhas, salsa, cebolinha, tomatinhos vermelhos, hortelã e, nas noites frias, folhas de laranjeira para fazer chá.”

“A cozinha era o melhor lugar. De manhã, depois do café com leite, pão e manteiga, cada um ia para um lugar diferente. Era a hora da separação. O que era muito bom. À noite, todos nos encontrávamos de novo na cozinha, o que era melhor ainda.”

“De noite a cozinha era um lugar macio, de ficar quieto, fazendo nada, só gozando... Gozando a dança vermelha das chamas, o cheiro das resinas, o barulhinho do fogo crepitando, o gosto bom do café com bolo. Era uma festa para os sentidos tranquilos.”

Fogão

“O fogão de lenha aceso era um altar. A gente adorava sem saber. (...) A lenha queimava, perfumando o ar com o cheiro das resinas que a madeira chorava através de suas gretas. E, de repente, voavam fagulhas estalando pequenos fogos de artifício. O fogo avermelhava os rostos. (...) A conversa era só uma desculpa para estar juntos. A conversa era uma continuação das mãos. As palavras tinham carne.”

Ipês

“Um ipê-rosa florido! Já pensaram nisso? Que as flores são os pensamentos da terra? A terra pensa flores! Dentro dela, as flores ficam guardadas, dormindo, mergulhadas na escuridão. Mas, pela magia de uma árvore, os pensamentos da terra se oferecem aos nossos olhos sob a forma de flores! Dentro da terra estão todas as flores do mundo, à espera de árvores... a terra sonha ipês.”

Ver e enxergar

“Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia a frente de sua casa, porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios, escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.”

Política

“A política, antigamente, era mais verdadeira. Os partidos não tinham os nomes cheios de letras, como os de agora. Se tinham, ninguém se importava. O que valia mesmo eram os nomes que o povo lhes dava. Em Boa Esperança, onde nasci, os partidos eram dois: os ratos e os queijos. Não era preciso dizer mais nada. Compreendia-se de imediato a natureza do jogo político. Cada partido queria destruir o outro. Rato quer comer queijo. Queijo quer ser isca de ratoeira. Era uma briga-festa marcada por foguetes, provocações, passeatas.”

“Agora, ao invés de nomes de bichos, como ratos, gambás, tatus, macacos, porcos-espinhos e cobras, os nomes se encheram de letras cujo sentido poucas pessoas sabem. Na verdade, cada letra vale por uma ideia, mas a ideia, com o passar do tempo, foi mumificada e ninguém pensa mais nela.”

“(...) Talvez o povo venha a despertar de sua apatia quando, ao invés de ter de votar nos jogadores que irão constituir os times partidários, ele tiverem de decidir sobre questões concretas do seu cotidiano. Se duvidam, perguntem ao bispo que jejuou pelo Rio São Francisco.”

Natureza

“Deus se pôs nas flores, no arco-íris, nas nuvens, nos regatos, nos peixes, nas árvores, nas frutas, no vento, nos perfumes, nos insetos, nas estrelas, só um pedacinho. Sabe aqueles vitrais maravilhosos das catedrais, feitos com milhares de pedacinhos de vidro colorido? Nenhum pedacinho, isoladamente, diz a beleza do todo. É preciso que todos os pedacinhos estejam juntos, nenhum é mais importante que o outro.”

Palavras

“Todas as palavras tomadas literalmente são falsas. A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras. Prestar atenção ao que não foi dito, ler as entrelinhas. A atenção flutua: toca as palavras sem ser por elas enfeitiçada. Cuidado com a sedução da clareza! Cuidado com o engano do óbvio!”

Escolas

“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. (...) Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.”

“Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”

Crianças

“Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal. Tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, um ninho de guaxo, uma concha de caramujo, o voo dos urubus, o zunir das cigarras, o coaxar dos sapos, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra.”

Educação

“Não acredito que exista coisa mais importante para a vida dos indivíduos e do país que a educação. A democracia só é possível se o povo for educado. Mas ser educado não significa ter diploma superior. Nossas universidades são avaliadas pelo número de artigos científicos que seus cientistas publicam em revistas internacionais em línguas estrangeiras. Gostaria que houvesse critérios que avaliassem nossas universidades por sua capacidade de fazer o povo pensar. Para a vida do país, um povo que pensa é infinitamente mais importante que artigos publicados para o restrito clube internacional de cientistas.”

Nascer e morrer

“Dizem as escrituras sagradas: ‘Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer’. A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A ‘reverência pela vida’ exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir.”

Aniversário

“A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário.”

Amar

“Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que a qualquer momento ele pode voar”.

Metamorfose

“Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.”

Semente



“O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.”

Saudade

“A saudade é nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.”





Significado do respeito à diversidade.


A diversidade também é uma cultura a ser construída e representa uma visão de como se deve pensar, planejar e organizar a educação para a melhoria da sociedade. O respeito e o reconhecimento da diversidade é um dos princípios fundamentais na construção de um sistema educacional inclusivo. Reconhecer o direito à diversidade em educação é dar respostas às diferentes necessidades educacionais que os sujeitos apresentam diante do fato educativo. O respeito à diversidade é uma forma de garantir que a cidadania seja exercida e os vínculos sociais fortalecidos. Respeitar as diferenças não é deixar o discente fazer o que quiser, pois a sala tem uma dinâmica dada por todos e regras que devem ser elaboradas em conjunto RESPEITANDO A DIVERSIDADE e sendo cumpridas por todos.

domingo, 22 de julho de 2012

O que Rubem Alves nos fala sobre os perigos da leitura?



Questiona que a ênfase no pensamento a partir das leituras realizadas fazem com que os alunos, no lugar de refletirem sobre o que leram, ampliando o seu campo de compreensão do mundo, de si e do outro torna-se apenas co-repetidores, repetindo o que leram, da maneira como leram, em que o pensamento, não vai sendo ampliado, mas tolhido, ou seja, seu pensamento vai sendo proibido, vedado, impedindo de se expandir.


sábado, 21 de julho de 2012


O Curso, forma profissionais para atuar na docência da educação infantil, séries iniciais do ensino fundamental e disciplinas de formação pedagógica no ensino médio. Esses profissionais poderão também atuar na organização e gestão de sistemas de ensino e projetos educacionais, bem como em pesquisas no campo educacional.
Este Curso possibilita aos seus profissionais desenvolver atividades em campos emergentes, tais como: novas tecnologias aplicadas ao ensino, atendimento a pessoas com necessidades especiais, educação ambiental, educação infantil e educação de jovens e adultos.
E o melhor de tudo para quem gosta de criança e se interessa em seu desenvolvimento, concerteza não pensa duas vezes em começar a estudar Pedagogia.

Eu fiz o teste porque não tinha outra escolha, mas vou contar para vocês estou amando.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

                                            Quase
                        (Texto adaptado de Sarah Westphal )
 
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
 
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
 
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã. Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo. Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para por de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo. Esperamos demais para ser pais dos nossos filhos pequenos,esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos,quão depressa a vida os faz crescer e ir embora. Deus também está esperando, esperando nós pararmos de esperar. Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados

A você jovem que ainda não se deu conta que o melhor da vida não esta apenas nas, festas, nas farras com os amigos, o melhor da vida, há o melhor da vida esta na certeza de precisar e poder contar com alguém, uma pessoa? Não... várias pessoas. O melhor da vida esta naqueles momentos que você perdeu com medo de tentar, naquela vez que você ouviu alguém falar bem de você. O melhor da vida mesmo é saber vive-la como ela realmente é... Pare e pense no que você deixou de fazer hoje, não deixe que o QUASE tome de conta da sua vida...

Seja feliz...


sábado, 7 de julho de 2012

                              Tarefa Avaliativa

1. Quais os fatores que influenciaram o desenvolvimento? Caracterize cada um deles.
 HEREDITARIEDADE: A carga genética estabelece o potencial do individuo, que pode ou não desenvolver-se. A inteligência pode desenvolver-se de acordo com as condições do meio em que se encontra.
 CRESCIMENTO ORGÂNICO: refere-se ao aspecto física-altura e estabilização do esqueleto, que permitem comportamentos e um domínio do mundo antes não existente,
 MATURAÇÃO NEUROFISIOLOGICA: É o que torna possível determinado padrão de comportamento.
 MEIO: O conjunto de influencias e estimulações ambientais que altera os padrões de comportamento do individuo.

2. Na visão inatista, como surgem características humanas e qual o papel da educação e do ensino na formação do individuo?
Na visão dos inatistas, as características humanas surgem por meio dos aspectos corporais e neurológicos, fundamentados no caráter organicista. Cada criança vem ao mundo com numerosas potencialidades: constituição física, capacidade de adaptação e sensibilidade nível da atividade geral, etc. Algumas dessas características começam a se desenvolver logo no inicio da vida, outras ficam latentes e só se manifestam alguns anos depois.
A educação pouco ou quase nada altera as determinações inatas, o processo de ensino só podem se realizar na medida em que a criança estiver pronta, madura para efetivar determinada aprendizagem. Esse paradigma promove uma expectativa significativamente limitada do papel da educação para o desenvolvimento individual na medida em uqe considera o desempenho do aluno fruto de suas capacidades inatas.

                                    PESQUISE

1. Como o comportamento respondente pode ser condicionado? Dê exemplo.
Eliciar o organismo a responder a estímulos que antes não respondia. Um cão, ao ver e cheirar um pedaço de carne começa a salivar. Se tocarmos uma campainha e mostrarmos a carne junto à mesma, o cão, ao olhar em direção ao estímulo sonoro, fará a associação do som à comida. Repetida a ação várias vezes, o cão passará a salivar apenas ao ouvir a campainha.
2. O que é comportamento operante? Dê exemplo.
Comportamento operante é aquele que tem efeito sobre ou faz algo ao mundo em redor, operando direta ou indiretamente. A ação de falar, por exemplo, em que o movimento muscular é voluntário, ocorre em função de uma necessidade a ser preenchida e executada: comunicar ou expressar.

3. O que é reforço? Dê exemplos.
O reforço é toda conseqüência que, segundo uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência dessa resposta. Eles podem ser positivos (que atuam no aumento dessa probabilidade) ou negativos (que atenuam ou removem a probabilidade). Dar alimento a um cachorro que busca a bolinha lançada e a traz de volta é um exemplo de reforço positivo. Um doente que toma analgésicos para evitar sentir dor é um exemplo de reforço negativo.



FONTES:

http://dc391.4shared.com

http://www.eps.ufsc.br

http://www.trabalhosfeitos.com

terça-feira, 26 de junho de 2012

A Psicologia do Desenvolvimento


                                                                                                            (Imagem ilustrativa)

Estuda o desenvolvimento do ser humano em todo os seus aspectos:

•Físico – Motor;


•Intelectual;


•Afetivo – Emocional;


•Social;


Desde o nascimento até a idade adulta, isto é, a idade em que todo estes aspectos atingem o seu mais completo grau de maturidade e estabilidade.



                                                    O Desenvolvimento humano



Refere-se as desenvolvimento e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção continua, que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais.


                                 Qual a importância do Desenvolvimento Humano?

Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para a observação e interpretação dos comportamentos. É descobrir que ele é determinado pela interação de vários fatores: São eles:



Hereditariedade – A carga genética estabelecer o potencial de individual, que pode ou não desenvolver-se. A inteligência pode desenvolver-se aquém ou alem do potencia, dependendo das condições do meio que encontra.



Crescimento orgânico – Refere-se ao aspecto físico. O aumento de altura e a estabilização do esqueleto permitem ao individuo comportamento e um domínio do mund0o que antes não existiam.



Maturação neurofisiológica – É o que torna possível determinado padrão de comportamento. Ex. A alfabetização das Crianças, como elas seguram os objetos.


Meio – O conjunto de influência e estimulações ambientais altera os padrões de comportamento do individuo.


O desenvolvimento humano, para efeito de estudo, tem sido abordado a partir de quatro aspectos básicos.



Aspecto físico – motor – Refere as crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de exercícios do próprio corpo. Ex. A criança levaria chupeta a boca.



Aspecto intelectual – É a capacidade de pensamento, raciocínio. Ex. a criança de 2 anos que um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está em baixo de um móvel.



Aspecto Afetivo – Emocional – É o modo particular de o individuo integrar as suas experiências. É o sentir como organizar seus sentimentos. Ex. Quando ficamos envergonhados com algum sentimento. Etc.

Aspecto Social – É a maneira como o individuo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. Ex. em um grupo de crianças, no parque, é possível observar alguma que espontaneamente busca outras para brincar.



Todas as teorias do desenvolvimento humanas parte do pressuposto de que esses quatro aspectos são indissociados, mas elas também podem enfatizar aspectos diferentes, isto é, estudar o desenvolvimento global a partir da ênfase em um dos aspectos. Jean Piaget enfatiza o desenvolvimento intelectual.



Segundo Jean Piaget a teoria do desenvolvimento humano divide de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que por sua vez interfere no desenvolvimento global.




1º Período: Sensório – motor (0 a 2 anos)




Neste período, a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o universo que a cerca. Por volta dos 5 meses, a criança consegue coordenar os movimentos das mãos e olhos e epgar objetos, aumentando sua capacidade de adquirir hábitos novos. No final do período, a criança é capaz de um instrumento como meio para atingir um objeto.




2º Período: Pré – operador


Neste período, o que de mais importância acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acorrentar modificações nos aspectos intelectual afetivo e social da criança. Ainda neste período há também o desenvolvimento do pensamento que acelera. É um pensamento adaptado ao outro a ao real.



No aspecto afetivo surgem os sentimento interidividuais, sendo que um dos mais relevantes é o respeito que a criança nutre pelo indivíduos que julga superiores a ela.



3º Período: Operações Concretas (7 a 11 ou 12 anos)



O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior pelo egocentrismo intelectual e social, é superado este período pelo inicio da construção lógica, isto é, a capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. No plano afetivo, isto significa que os outros, de trabalhar em grupo e, ao mesmo tempo, de Ter autonomia pessoal.



4º Período: Operações Formais (11 ou 12 anos em diante)



Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das idéias, sem necessitar de manipulação ou referencias concretas, como no período anterior.



No aspectos afetivos, o adolescente vive em conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele.



O adolescente Segundo Piaget



A meta de Piaget, e o que fornece coerência à sua sistematização, é a busca do mecanismo que poderia explicar o conhecimento e sua construção gradativa, ao logo da vida do indivíduo.


O dado inicial que está na base de todo o futuro desenvolvido á a realidade biológica, o ser humano como um organismo que procura adaptar-se ao mundo para sobreviver. “organismo – ambiente – interação – realidade biológica”.

Desde as primeiras trocas com a realidade exterior, o organismo mostrar-se equipado com alguns instrumentos que recebe como herdeiro de sua espécie.


Segundo Piaget existem dois grandes fatores hereditários que podem contribuir para o desenvolvimento:

1º Identificação pelo transmissão hereditária de estruturas físicas, como o sistema nervoso e os órgãos sensoriais. Neste grupo, estão também incluídos os comportamentos de reação automática como os reflexos.


2º Segundo grupo de fatores hereditários não compreendem a transmissão de algo específico, mas sim, o legado do próprio funcionamento. Para Piaget, todas as espécies herda duas tendências básicas: a adaptação e organização, também chamadas de “funções invariantes”


A equilibração é pois, um processo continuo que permite a adaptação do organismo ao meio.


São duas atividades opostas nas inseparáveis, reguladas pela equilibração: a assimilação e a acomodação.

Assimilação acontece quando o organismo incorpora ou adota estimulo que não passam a fazer parte de suas características estruturais e funcionais.


A atividades complementar assimilação é a acomodação que se realiza quando os estímulos ambientais exigem mudanças estruturais do organismo a fim de serem incorporados.


A assimilação envolve o relacionamento da pessoa com o ambiente em termos de suas estruturas, enquanto a acomodação compreende as transformações de suas estruturas em resposta ao ambiente.
A assimilação e a acomodação são mantidas em equilíbrio dinâmico por meio da atividades auto-reguladora do organismo ou seja, do equilíbrio.

O desequilíbrio ocorre quando um organismo não dispõe de estruturas de conhecimento a um nível que permita a assimilação direta de um evento.

Do ponto de vista biológico… a organização é inseparável da adaptação: são dois processos complementares de um mecanismo único sendo o primeiro aspecto interno do ciclo, do qual a adaptação constitui o aspecto exterior.
A organização nos seres vivos depende, do inicio das estruturas físicas hereditárias que como dissemos, estabelecer possibilidades e limitações, definem formas e níveis de reação do organismo aos estímulos exteriores.
A organização é uma função invariante de todos os seres vivos e se refere a tendência dos organismos coordenaram as estruturas em um sistema necessário à sobrevivência.
A inteligência não apareceu de modo algum, num determinado momento de desenvolvimento do mental como um mecanismo inteiramente montado em todas as suas peças, e radicalmente distinto dos que o procederam. Pelo contrário, apresenta uma notável continuidade com os processo adquiridos ou mesmo provenientes da associação habitual e do reflexo, processo esse em que a inteligência se baseia, ao mesmo tempo que os utiliza.
A assimilação generalizadora refere-se a aplicação do reflexo a objetos cada vez mais variados.
A assimilação recognitiva, por sua vez revela uma discriminação dos objetos de sua ação, levando ainda um reconhecimento prático e motor, pois, não há no recém-nascido diferenciação entre i seu universo e o externo, e nem o conceito do objeto permanente.


FONTE: http://www.pedagogiaaopedaletra.com/posts/a-psicologia-do-desenvolvimento/